segunda-feira, dezembro 20, 2010

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Sobre escalar montanhas e explorar o Universo

Vale à pena torrar bilhões pra provar que seres assim existem? Foto

  Eu tenho sempre o hábito de ler a revista Superinteressante. Todo mês leio a nova edição. Isso desde setembro de 2007 (então imaginem a quantidade de revistas que eu tenho guardadas). Então decidi rever uma por uma (o que levou um certo tempo) e divulgar as informações mais superinteressantes dentre todas as interessantes da revista Superinteressante (#trocadilhofail). Tipo, tem mUUUUita coisa naquelas revistas, e eu selecionei o que tinha mais a cara do blog.

  Pra começar, vou postar um texto da série "Agora Escuta" (hoje se chama apenas "Escuta"). É da edição de agosto de 2008, que tinha como matéria da capa uma reportagem sobre possível vida extraterrestre. O título do texto é o mesmo que o deste post.

  "A maior parte dos astrônomos sempre teve certeza de que há vida fora da Terra. Uma certeza mais baseada em lógica do que em dados concretos - faz mais sentido existir do que não existir. A novidade mostrada pela nossa reportagem da capa, assinada por Pedro Burgos, é que nos últimos anos as pesquisas revolucionaram o que conhecemos sobre o espaço. De descoberta em descoberta, soubemos da existência de Marte, de planetas parecidíssimos com a Terra, ficamos mais próximos dos extraterrestres. Como foi que conseguimos isso? Ora, torrando uma fortuna! Só pelas mãos da NASA, já mandamos mais de US$ 600 bilhões para o espaço.

  A pergunta a seguir, portanto, é inevitável: essas descobertas, elas servem para quê? Curam o câncer? Acabam com a fome no mundo, a sujeira da baía de Guanabara, a crise do Corinthians? [naquela época, o Corinthians estava mal...] A resposta é não. Elas não resolvem nada disso. Até ajudam a desenvolver a a indústria aeroespacial, os satélites, quem sabe um dia nos levem a outros planetas e nos salvem do hecatombe ambiental da Terra. Mas o grande valor das pesquisas espaciais está em outro ponto: no simples exercício da curiosidade humana, na busca pela resposta de questões que, ao menos aparentemente, não servem pra nada. Uma história  contada pelo escritos japonês Haruki Murakami que traduz perfeitamente essa procura. É mais ou menos assim: 3 homens foram deixados na encosta de uma montanha. Eles deveriam subi-la e encontrar um lugar para morar para sempre. Quem parasse não poderia subir mais. Eles subiram, subiram, até que o primeiro disse: aqui tem um rio, árvores com frutas e bichos pra caçar. Fico.  Os outros continuaram até que o segundo se cansou. Viu castanhas, algumas aves e achou que estaria bem por lá. O terceiro não parou até que chegou no topo da montanha. A vista era incrível. Mas só havia musgos para comer e gelo para matar a sede. A moral da história: talvez o homem que parou primeiro tenha sido mais feliz, com o rio, a carne e as frutas. Mas, para algumas pessoas, conhecer o desconhecido é imperativo, uma necessidade.

  Muitas dessas pessoas abraçam a ciência. E é por isso que estamos no espaço.

  Um grande abraço.
  Sérgio Gwercman, redator-chefe
  sgwercman@abril.com.br"

  Percebe-se que a seção "Agora Escuta" é mais um "olá" que o redator-chefe da Super faz, fazendo um texto com algum ensinamento em relação à matéria principal da revista.

  Mas fora isso, este texto não faz algum sentido para você? Eu, particularmente, concordo com tudo o que ele citou.

  Abraços ;)

Fonte: Revista Superinteressante, adição de Agosto, 2008 (visite o site da Superinteressante e a siga no Twitter)

Um comentário:

  1. Superinteressante realmente é o máximo, pena que meus pais n querem pagar a assinatura!! :/

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